segunda-feira, 16 de março de 2009

O luar mais belo


Pode parecer cafona sair para apreciar a lua, mais e um programa tipicamente de namorados (rs). É fazendo um programa tipicamente assim e vendo aqueles casais fofos na beira da praia uns começando um namoro outros pensando em dar um tempo..., ou até mesmo terminando. Passo em minha mente uma promessa que foi feita quando muleca ainda pelo meu primeiro casinho (ou namoro, se é que se pode chamar aquilo de namoro). Bom a promessa era que todas as vezes em que eu olhar par a lua (a dita cuja desse texto) me lembraria do nosso primeiro beijo. E estranho eu só lembrar disso agora, mais foi essa memória que me fez escrever esse texto que num sei porque demorei tanto para lembrar disso, mais ta ai algo profundamente especial para mim e que toda vez q eu ler estarei lembrando daqueles luar dos quais eu passava as noites admirando, pode parecer super bobo (sou um ser totalmente boba e sentimental) e tal, o bom e que não irei só lembrar daquele beijo, para falar a verdade irei lembrar de varias coisas ótimas que me acontecerão e que me fizerão crescer e amadurecer sentimentalmente ( lá vem o sentimento de novo), e que tudo isso que me aconteceu só a lua pode presenciar esses sentimentos ( essa palavrinha me faz lembra uma musiquinha) expostos por mim...

A lua está cheia no céu. Aquela mesma da infância. Cheia de mistérios insondáveis que me atordoavam antes e me atordoam hoje. Eu, menina, da varanda de casa, olhando, olhando, sonhando. A lua era para se olhar para ela. Só para isso existia... grávida, plena, a flutuar no espaço sideral. A lua. Sim, a lua que me ultrapassa, me seduz, me comove, me fragiliza. A lua, aquela, que bóia no céu do país, está cheia. A lua dos amantes, dos namorados. De São Jorge. A lua madrinha. A dindinha lua da infância. Aquela mesma. Igualzinha. Só que mais amarela, de um amarelo opaco, baço. A lua pálida, fosca. Sem o brilho das noites antigas do povoado. Poluída. Explorada. Desmitificada. Ainda assim, lá está ela, do alto, governando as marés, as tempestades, iluminando a vida noturna, aguçando nossos desejos mais loucos. Eterna. Terna. Bela, como os meus sonhos de criança. Poluída, como meus sonhos de adulta. Como os meus antigos sonhos tornados impossíveis. [Naquela noite antiga você disse assim: um dia não estaremos mais aqui... mas ela vai estar sempre lá, impávida, no firmamento. Então olharemos para ela e recordaremos de nós.] Tudo é luar. Tudo é etéreo. Sério!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Repensando a Vida...

Repensar a vida consiste em rever valores.

Receber o inevitável serenamente,

Depositar ao leito do regato antigos pudores,

Aceitar o que a vida nos reserva inteiramente.

É existir sem temor de ser feliz.

É padecer e abrigar a angústia da alma

Tendo ciência que somos meros aprendizes.

Intentar não perecer, mantendo a calma.

Rebuscando meu baú encontrei registros

Induziram-me a repensar quantos atos impensados.

De que adiantou tanta vigilância? Tudo era sinistro.

Não tive muitas opções, aceitei meus fardos.

O temor... A dor foi inevitável.

Girei entre a loucura e a sanidade,

Gritei por paz, por amor inesgotável.

Repensando a vida... Grito por serenidade.

sexta-feira, 6 de março de 2009

A poesia dos poetas anônimos


Poesia é uma das coisas boas que a humanidade conseguiu inventar.
Lê Drummond, Pessoa, Camões é algo que eleva o espírito. Talvez até digam que eu quero ser uma intelectualizada de quinta, mas "tô nem lá".

No entanto, além dos grandes mestres, existem poesias belíssimas feita por anônimos, sem tanta notoriedade, mas que não ficam a dever a muito escritor famoso.

Um exemplo é "Poema Futurista" que vou colocar aqui. É de um amigo meu.

Ei-lo:


É domingo: folga. -O dia todo em casa.

Acordo...Ar puro, liberdade.

Televisão, telefone sem fio, computador.

Ah! Liberdade...O mundo bem pertinho.

Não!? O computador não ligou,

O telefone está mudo. Liga televisão, liga! Vai!

Faltou luz, faltou energia, não há eletricidade.

Estou só: há um silêncio.

O computador está em silêncio.

A televisão está em silêncio.

O telefone está em silêncio.

O que fazer? Aonde ir?

Não sei conversar.

Sei digitar, clicar, ligar.

Uma caminhada para passar o tempo, quem sabe?

Ah! A esteira funciona a energia.

Caminhar lá fora é perigoso, tem pessoas.

Pessoas de verdade, de carne: elas desejam mal!

Que falta de ar, de energia, de ar... Estou morrendo.

Ando pra cá, pra lá. Que agonia, estou sufocado.

Estou fraco, morrendo, morren...morr...mo...

A luz acendeu! Há barulho: músicas lá fora.

A televisão liga... O computador liga...A vida continua.


Em tempos de internet fácil e muita tecnologia estamos realmente nos tornando seres robotizados.