sexta-feira, 6 de março de 2009

A poesia dos poetas anônimos


Poesia é uma das coisas boas que a humanidade conseguiu inventar.
Lê Drummond, Pessoa, Camões é algo que eleva o espírito. Talvez até digam que eu quero ser uma intelectualizada de quinta, mas "tô nem lá".

No entanto, além dos grandes mestres, existem poesias belíssimas feita por anônimos, sem tanta notoriedade, mas que não ficam a dever a muito escritor famoso.

Um exemplo é "Poema Futurista" que vou colocar aqui. É de um amigo meu.

Ei-lo:


É domingo: folga. -O dia todo em casa.

Acordo...Ar puro, liberdade.

Televisão, telefone sem fio, computador.

Ah! Liberdade...O mundo bem pertinho.

Não!? O computador não ligou,

O telefone está mudo. Liga televisão, liga! Vai!

Faltou luz, faltou energia, não há eletricidade.

Estou só: há um silêncio.

O computador está em silêncio.

A televisão está em silêncio.

O telefone está em silêncio.

O que fazer? Aonde ir?

Não sei conversar.

Sei digitar, clicar, ligar.

Uma caminhada para passar o tempo, quem sabe?

Ah! A esteira funciona a energia.

Caminhar lá fora é perigoso, tem pessoas.

Pessoas de verdade, de carne: elas desejam mal!

Que falta de ar, de energia, de ar... Estou morrendo.

Ando pra cá, pra lá. Que agonia, estou sufocado.

Estou fraco, morrendo, morren...morr...mo...

A luz acendeu! Há barulho: músicas lá fora.

A televisão liga... O computador liga...A vida continua.


Em tempos de internet fácil e muita tecnologia estamos realmente nos tornando seres robotizados.

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